Justiça

Justiça proíbe atos contra e a favor de Bolsonaro no mesmo local em SP

Manifestações estão marcadas para este domingo (7), na avenida Paulista

Polícia entra em confronto com manifestantes na Avenida Paulista. Foto: Roberto Parizotti/FotosPublicas
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O juiz Rodrigo Galvão Medina, do Tribunal de Justiça de SP, decidiu nesta sexta-feira (05) que manifestações de grupos contra e pró Jair Bolsonaro não poderão se manifestar no mesmo horário e local. Os atos de ambos os grupos estavam marcados para o próximo domingo 7, na avenida Paulista.

O magistrado atendeu a um requerimento da Procuradoria-Geral do Estado de São Paulo. Na decisão, Medina destacou que a medida visa a evitar confrontos e danos ao patrimônio. “Impeço que os grupos manifestantes manifestamente antagônicos entre si se reúnam no mesmo local e data Avenida Paulista, capital, no próximo dia 07 de junho -, evitando-se assim confrontos e prejuízos decorrentes desta realidade, zelando as autoridades administrativas competentes para que tal empreitada possa ter seu efetivo sucesso.”,

Em reunião também nesta sexta, em São Paulo, entre os organizadores de atos de ambos os lados, a Polícia Militar e o Ministério Público tentaram chegar a um acordo, mas os atos foram mantidos. Bolsonaro chegou a pedir para seus apoiadores não irem para às ruas no mesmo dia dos protestos contrário ao seu governo, mas o pedido não adiantou e os atos continuaram marcados.

As autoridades chegaram a sugerir que bolsonaristas se manifestassem na região do Ibirapuera, onde já existe um acampamento desses grupos, mas eles não aceitaram. Diante do impasse, havia ficado acertado que os dois atos ocorreriam no domingo.

A manifestação a favor de Bolsonaro está marcada para as 11h, em frente ao prédio da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). Já o protesto em oposição ao governo federal foi agendado para as 14h em frente ao Masp. Ele é organizado pela Frente Povo Sem Medo, da qual Guilherme Boulos (PSOL) faz parte, e terá a participação das torcidas organizadas, como o movimento Somos Democracia, formado por torcedores do Corinthians.

Após a decisão judicial, a Secretaria da Segurança Pública e o Ministério Público estão em contato com os organizadores dos atos para se chegar a um consenso que garanta a segurança de todos e o direito à livre manifestação.

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