Justiça

Justiça condena mulher por ofensas racistas contra seguranças de Flávio Dino

Mulher chamou os seguranças do ministro de ‘macacos’ e fez comentários preconceituosos ao se referir ao Maranhão

Justiça condena mulher por ofensas racistas contra seguranças de Flávio Dino
Justiça condena mulher por ofensas racistas contra seguranças de Flávio Dino
Ministro Flávio Dino, durante sessão plenária do STF. Foto: Gustavo Moreno/STF
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A Justiça do Distrito Federal condenou uma mulher por injúria racial contra dois seguranças do ministro do Supremo Tribunal Federal Flávio Dino. A pena aplicada foi de um ano e cinco meses de prisão, mas a condenação foi convertida em prestação de serviços à comunidade.

O caso de injúria ocorreu no dia 29 de dezembro de 2022 em um shopping de Brasília. De acordo com a acusação feita pelo Ministério Público, a mulher abordou o ministro no estabelecimento comercial e passou a chamá-lo de “ladrão” e “vagabundo” e o acusou de “roubar o país”.

Ao ser contida pelos policiais que faziam a segurança pessoal do ministro e receber voz de prisão, a mulher chamou os profissionais de “macacos” e fez comentários preconceituosos ao se referir ao Maranhão, estado natal do ministro e dos seguranças.

Com a decisão, Elisângela Rocha Pires de Jesus deverá indenizar os seguranças em 5.680 reais, além da prestação dos serviços.

Na decisão proferida no dia 30 de novembro, o juiz Marcos Francisco Batista reconheceu que houve crime nas ofensas praticadas pela acusada.

“Não há dúvida, pois, quanto à prática de injúria racial, em razão da procedência nacional das vítimas, uma vez que a acusada utilizou expressões que, naquele contexto, notoriamente foram empregadas para ofender as vítimas, em nítida discriminação em razão da origem delas”, afirmou o magistrado.

Durante o processo, os advogados defenderam a absolvição da acusada por entenderem que as falas não configuraram crime.

(Com informações da Agência Brasil).

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