Justiça
Justiça condena homem a 12 anos de prisão por ameaçar deputadas de morte
Segundo o Ministério Público mineiro, o réu utilizava pseudônimos e outras técnicas para tentar ocultar as práticas
A primeira instância do Tribunal de Justiça de Minas Gerais condenou a 12 anos e 9 meses de prisão um homem acusado de ameaçar de estupro e de morte as deputadas estaduais Lohanna França (PV), Bella Gonçalves (PSOL) e Beatriz Cerqueira (PT).
Segundo o Ministério Público mineiro, o réu utilizava pseudônimos e outras técnicas para tentar ocultar as práticas. Na lista de crimes atribuídos a ele também estão denunciação caluniosa, violência psicológica, transmissão e publicação de fotos e vídeos de nudez e pornográficos de adolescentes, instigação à automutilação, veiculação de símbolos nazistas, associação criminosa e corrupção de menores.
Para o promotor de Justiça André Salles Dias Pinto, coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate aos Crimes Cibernéticos do MP-MG, a sentença representa um marco no combate aos crimes cibernéticos.
Em maio de 2024, uma força-tarefa composta pelas polícias Civil e Militar de Minas Gerais e pelo MP-MG prendeu o homem responsável pelos crimes, na terceira fase da Operação Di@na, deflagrada em Olinda (PE).
Os investigadores verificaram que as ameaças foram planejadas e executadas em fóruns e grupos na internet denominados chans, espaços virtuais cujos integrantes promoviam incitação à violência, à pedofilia e à necrofilia.
O nome da operação vem da deusa da caça e protetora das mulheres e das crianças. O @ faz referência aos crimes cibernéticos investigados.
CartaCapital
Há 31 anos, a maior referência progressista em jornalismo no Brasil.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.