Justiça

Justiça atende CFM e suspende prescrição de medicamentos por farmacêuticos

A norma que liberava a prescrição havia sido publicada no Diário Oficial de 17 de março e passaria a valer a partir do mês que vem

Justiça atende CFM e suspende prescrição de medicamentos por farmacêuticos
Justiça atende CFM e suspende prescrição de medicamentos por farmacêuticos
Foto: Divulgação/CFM
Apoie Siga-nos no

A Justiça Federal do Distrito Federal atendeu um pedido feito pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e suspendeu nesta segunda-feira 31 a resolução do Conselho Federal de Farmácia (CFF) que autoriza os farmacêuticos a prescreverem medicamentos.

A decisão afirma que somente o médico tem competência legal e formação profissional para diagnosticar e indicar o tratamento. “No caso, a referida prescrição é um ato privativo do médico. Na espécie, o rol é taxativo quanto às exceções das atividades privativas do médico e, entre as elas, não estão a prescrição medicamentosa por farmacêuticos”, afirmou.

O juiz Alaôr Piacini também determinou que o CFF dê ampla publicidade sobre o conteúdo da decisão judicial por meio de sua página na internet e demais meios de comunicação institucionais, sob pena de multa diária de 100 mil reais até o limite de 10 milhões de reais.

A nova norma do CFF havia sido publicada no Diário Oficial de 17 de março e passaria a valer a partir do mês que vem. A resolução também liberava a realização de exames físicos de sinais e sintomas e a interpretação de exames para avaliação da efetividade do tratamento.

Em nota, o presidente do CFM, José Hiran Gallo, afirmou que a decisão é uma vitória para a sociedade brasileira e que a liberação da norma resultaria em “danos à coletividade, podendo gerar prejuízos irremediáveis à saúde pública brasileira”.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.

O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.

Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.

Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo