A Justiça recebeu formalmente uma denúncia do Ministério Público Eleitoral contra o ex-prefeito do Rio de Janeiro e atual deputado federal Marcelo Crivella (Republicanos-RJ) em caso relacionado a suposto caixa 2.
O caso ficou conhecido como “QG da Propina” na Prefeitura do Rio e envolve falsidade ideológica eleitoral, corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Crivella foi preso em dezembro de 2020, antes do fim de seu mandato como prefeito, acusado de chefiar a organização criminosa que fraudava contratos públicos.
Um dos alvos da operação era o empresário Rafael Alves, homem de confiança de Crivella e apontado como negociador dos acordos com a Prefeitura.
Segundo a acusação, a organização arrecadou mais de 50 milhões de reais desde 2016, ainda antes da eleição de Crivella à Prefeitura do Rio. A campanha teria recebido cerca de 1 milhão de reais em dinheiro vivo de um grupo de empresários. O valor não foi declarado na prestação de contas da campanha, caracterizando caixa 2.
A Justiça aceitou formalmente a denúncia e abriu prazo para que Crivella se defenda das acusações. Após a manifestação, o juiz decidirá se confirmará o recebimento da peça, abrindo uma ação penal e tornando o ex-prefeito réu.
Em nota, a defesa de Crivella apontou que “o próprio Ministério Público Eleitoral afirmou há dois anos que não há nenhuma prova contra o ex-prefeito que justificasse um processo criminal”.
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