Justiça

José Roberto Arruda é condenado e perderá direitos políticos por 12 anos

Ex-governador do DF e outras seis pessoas envolvidas em esquemas investigados pela Operação Caixa de Pandora foram condenados a multas milionárias

José Roberto Arruda é condenado e perderá direitos políticos por 12 anos
José Roberto Arruda é condenado e perderá direitos políticos por 12 anos
O ex-governador do DF, José Roberto Arruda, condenado por improbidade administrativa. Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
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O ex-governador do Distrito Federal (DF), José Roberto Arruda, foi condenado por improbidade administrativa e perderá os seus direitos políticos por 12 anos. A decisão foi tomada pelo juiz titular da 2ª Vara da Fazenda Pública do Distrito Federal, Daniel Eduardo Branco Canacchioni, na última quinta-feira 27.

A condenação de Arruda na primeira instância é uma desdobramento da operação Caixa de Pandora, que investiga a compra de apoio de deputados distritais pelo ex-governador, ainda na década de 2000. Arruda já foi condenado à perda dos direitos políticos, fato que o impediu de concorrer nas eleições de 2022.

Além da perda dos direitos políticos, o ex-governador do DF terá que pagar uma multa de 3 milhões de reais. Parte desse montante se refere à “reparação de dano”, de maneira que o valor será corrigido pela inflação. Segundo o portal Metrópoles, o valor total deve chegar a 10 milhões de reais.

Na sentença, o juiz determinou que Arruda seja proibido de realizar contratações com o Poder Público, bem como receber incentivos fiscais, direta ou indiretamente. Sobre essa proibição, a pena vale por 10 anos.

A defesa do ex-governador do DF disse que recebeu a condenação com “irresignação e descontentamento”. Cabe recurso da decisão publicada ontem.

Outros condenados

Na sentença da primeira instância, foram condenadas outras cinco pessoas, além de uma empresa, envolvidas no e esquema de corrupção no DF.

Em termos de multa, todos foram condenadas a pagar 1,5 milhão de reais por reparação de danos, além de ‘multa civil’ no mesmo valor.

São eles:

José Geraldo Maciel: ex-chefe da Casa Civil do governo Arruda;

Durval Barbosa: apontado pela Justiça como responsável por negociar as propinas;

Adailton Barreto Rodrigues: ex-subsecretário de Educação do DF;

Info Educacional: empresa utilizada no pagamento de propina a integrantes do governo Arruda em troca da obtenção de contratos;

Alexandre Tavares de Assis: dono da Info Educacional;

Masaya Kondo: antigo servidor da Secretaria de Educação do DF.

Ao analisar o caso, a Justiça do DF decidiu absolver o ex-vice-governador Paulo Octávio, além de José Luiz da Silva Valente, Gibrail Nabih Gebrim e Luiz Paulo da Costa Sampaio.

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