Justiça

Jornalista autor de ‘A Privataria Tucana’ é condenado a 7 anos de prisão

Amaury Ribeiro Júnior é acusado de crimes contra Veronica, a filha de José Serra. Outras quatro pessoas foram condenadas

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A juíza Barbara de Lima Iseppi, da Justiça Federal em São Paulo, condenou o jornalista Amaury Ribeiro Júnior, autor do livro A Privataria Tucana e colunista do UOL, a 7 anos e 10 meses de prisão.

Ele e outras quatro pessoas são acusados pela quebra dos sigilos fiscais, em 2010, de pessoas ligadas ao senador José Serra. Entre elas, a filha do tucano, Veronica Serra, e o então vice-presidente executivo do PSDB, Eduardo Jorge.

Na época, Serra era candidato à Presidência da República. O caso teve grande repercussão na campanha eleitoral, que deu vitória a Dilma Rousseff.

Os outros condenados são a ex-servidora da Receita Adeildda Ferreira Leão dos Santos, os contadores Ademir Estevam Cabral e Antonio Carlos Atella Ferreira e o office-boy Fernando Araújo Lopes.

A pena imposta a Ribeiro foi a mais dura, sob a acusação de oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público.  Segundo o Ministério Público Federal, o jornalista “aliciou” um despachante para “obter indevidamente cópias das declarações do Imposto de Renda de Veronica Serra e Alexandre Bourgeois (genro de José Serra), mediante a utilização de documento falso”. A denúncia foi acolhida em 2013. O processo tramita em segredo de Justiça.

Na fase de instrução do processo, Amaury Ribeiro negou as acusações e sustentou que “jamais pagaria pela obtenção de dados fiscais sigilosos de qualquer cidadão”. Antonio Ferreira disse ser vítima de uma “armação”. Ademir Cabral alegou não ter qualquer participação no caso. A defesa de Adeildda disse que ela agia em desvio de função quando acessava as declarações de renda de contribuintes e que “a culpa deve recair sobre o superior hierárquico”.

Conhecido repórter investigativo, Amaury Ribeiro Júnio também é autor de O Lado Sujo do Futebol, publicado em 2014. Ao longo da carreira, ganhou três Prêmios Esso, dois imprensa Embratel e quatro Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos.

(com informações de Estadão Conteúdo)

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