Gilmar Mendes manda PGR reavaliar omissões de Bolsonaro na condução da pandemia

Ministro entendeu ser 'inviável' um parecer do órgão que eximia o ex-presidente de responsabilidades

O ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: Joe Raedle/AFP

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O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, determinou que o novo procurador-Geral da República, Paulo Gonet, reavalie um parecer da Procuradoria que eximia o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de supostas omissões ocorridas durante a condução da pandemia de Covid-19. A informação é da revista Veja e foi confirmada pela TV Globo. 

No despacho sigiloso, assinado em 19 de dezembro, o ministro afirma que declarou a “invalidade absoluta” de um parecer do órgão emitido pela gestão de Augusto Aras, que poupava o ex-capitão de responsabilidades. 

A decisão ainda determina que a PGR delimite, de forma conclusiva e detalhada, a situação de cada um dos citados nos fatos. Além do ex-capitão, ainda são investigados na ação:

O inquérito contra o ex-presidente foi aberto com base no relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid no Senado. O documento sugeriu o indiciamento de Jair Bolsonaro e de outras 65 pessoas, além de duas empresas. 

O relatório, aprovado pela CPI, elenca dez supostos delitos, entre eles disseminação de epidemia com resultado de morte e crimes contra a humanidade, nas modalidades extermínio, perseguição e outros atos desumanos.

Em manifestação anterior, datada de julho de 2022, a então vice-PGR, Lindôra Araújo, opinou pelo arquivamento de sete das dez acusações preliminares que pesavam sobre o presidente Jair Bolsonaro.


Segundo ela, as conclusões do grupo foram “políticas” e não podem ter consequências jurídicas “de forma automática”.

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