Justiça

Flávio Bolsonaro e esposa receberam R$ 295,5 mil em dinheiro vivo, diz MP

De acordo com o Globo, foram 146 depósitos ‘sem origem conhecida’, para pagar parcelas de um apartamento na Barra da Tijuca

Foto: Sergio LIMA / AFP Foto: Sergio LIMA / AFP
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O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) e a esposa, a dentista Fernanda Bolsonaro, receberam, entre abril de 2014 e agosto de 2018, 295,5 mil reais em dinheiro vivo, por meio de 146 depósitos “sem origem conhecida”, para pagar parcelas de um apartamento na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. A informação é do jornal O Globo.

De acordo com a publicação, o Ministério Público do Rio apontou a informação na denúncia oferecida ao Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio.

O documento, segundo a reportagem, reúne o resultado da investigação sobre o esquema de “rachadinhas” no gabinete do filho do presidente  Jair Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

Notícia crime

Na terça-feira 10, o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), enviou à Procuradoria-Geral da República (PGR) uma notícia-crime para apurar suposto envolvimento de órgãos do governo federal  na defesa do senador.

A decisão sobre a abertura ou não de um processo de investigação cabe justamente à PGR.

Em outubro, a revista Época informou que advogados de Flávio se reuniram em 25 de agosto com o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, e com o diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, com o objetivo de discutir o processo sobre a suposta prática de “rachadinha” no gabinete de Flávio em seus tempos de deputado estadual no Rio de Janeiro.  Além deles, segundo a revista, estiveram presentes Jair Bolsonaro e as advogadas Luciana Pires e Juliana Bierrenbach, que defendem Flávio.

A ação enviada pelo STF à PGR foi apresentada pela deputada federal Natália Bonavides (PT-RN). “A situação é escandalosa! Estamos diante do possível uso de instituições de Estado para produção de provas em favor do filho do presidente da República. Tamanha subversão das instituições não pode ficar sem a devida apuração e sem a responsabilização cabível”, diz o texto.

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