Justiça

Filha de Fachin é alvo de agressões em universidade em Curitiba

Melina Fachin é professora na Universidade Federal do Paraná

Filha de Fachin é alvo de agressões em universidade em Curitiba
Filha de Fachin é alvo de agressões em universidade em Curitiba
O ministro do STF Edson Fachin em evento sobre o Mercosul, em 8 de novembro de 2024. Foto: Rosinei Coutinho/STF
Apoie Siga-nos no

A filha do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin foi alvo de agressões na última sexta-feira 12, em Curitiba. O episódio ocorreu quando a advogada Melina Girardi Fachin deixava o prédio da faculdade de direito da Universidade Federal do Paraná (UFPR), onde também é professora.

Melina foi alvo de uma cusparada, desferida por um homem branco, que ainda não foi identificado. O suspeito também a chamou de “lixo comunista”.

Pelas redes sociais, o advogado Marcos Rocha Gonçalves, marido de Melina, repudiou a agressão e afirmou que o episódio não é um caso isolado de violência física e política contra mulheres, fruto da atuação da “extrema-direita”.

“Se alguma coisa acontecer com a professora Melina ou com alguém da nossa família, vocês não serão apenas os responsáveis, vocês receberão o mesmo jugo”, afirmou.

Em nota à imprensa, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Beto Simonetti, condenou o ataque e declarou que a democracia exige respeito às liberdades.

“A entidade repudia veementemente o episódio, que afronta valores essenciais da vida democrática. A democracia exige o respeito às liberdades, ao pluralismo e à convivência pacífica, sobretudo no espaço acadêmico, que deve ser preservado como ambiente de diálogo e de construção do conhecimento — jamais como palco para violência, intolerância ou tentativas de silenciamento”, disse a OAB.

Procurada pela Agência Brasil, a UFPR disse que ainda não tem uma manifestação oficial sobre o episódio envolvendo a professora Melina Fachin.

Disputa e invasão da PM

Na terça-feira 9, UFPR foi palco de uma invasão da Polícia Militar após uma confusão envolvendo uma palestra que seria ministrada por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Após protestos de estudantes do curso de Direito, o evento foi cancelado, mas os ânimos permaneceram exaltados. Diante da situação, a PM entrou no prédio da universidade e usou balas de borracha para dispensar o protesto, ferindo estudantes que estavam no local.

Após a invasão, a direção da universidade cobrou explicações do comando da PM do Paraná e acionou o Ministério Público e a Defensoria Pública para as providências cabíveis.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo