Justiça

Fachin diz que STF acompanha com atenção operação no Rio e pede ‘discrição e sobriedade’

Megaoperação deixou mais de 130 mortos e reacendeu debate sobre a letalidade policial

Fachin diz que STF acompanha com atenção operação no Rio e pede ‘discrição e sobriedade’
Fachin diz que STF acompanha com atenção operação no Rio e pede ‘discrição e sobriedade’
O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Edson Fachin. Foto: Gustavo Moreno/STF
Apoie Siga-nos no

O presidente do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, afirmou que os ministros da Corte acompanham a situação da segurança pública do Rio de Janeiro após a megaoperação que deixou mais de 130 mortos. As declarações foram dadas ao final da sessão plenária desta quinta-feira 30.

Para o magistrado, diante de “tragédias graves como essa”, é necessário discrição e sobriedade. “Todos integrantes desse tribunal acompanham com a devida atenção, com a plena solidariedade aos familiares das vítimas e, ao mesmo tempo, com a discrição e a sobriedade que são necessárias para, em momentos de tragédias graves como essa, dedicar a elas a nossa atividade concreta e, no lugar devido, as melhores preocupações”, disse Fachin.

A ação em questão, batizada de Operação Contenção, mirou líderes da facção criminosa Comando Vermelho nos complexos do Alemão e da Penha. Diante do alto índice de letalidade, o tribunal determinou que o governador Cláudio Castro (PL) forneça informações detalhadas a respeito da incursão nas comunidades.

A declaração de Fachin também ocorreu após o encerramento da análise de um recurso que definirá se policiais têm de informar aos suspeitos já no momento da abordagem — e não apenas durante o interrogatório formal — o direito de permanecer em silêncio. Até o momento, o STF tem três votos neste sentido. Um pedido de vista nesta quinta interrompeu o julgamento.

O caso tem repercussão geral. Ou seja, a decisão do tribunal valerá para todos os demais processos sobre o tema no Brasil.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo