Justiça
Entidade pede símbolo iorubá no STF após aval a crucifixos em prédios públicos
A petição, encaminhada a Luís Roberto Barroso, partiu do Instituto de Defesa dos Direitos das Religiões Afro-Brasileiras


O Instituto de Defesa dos Direitos das Religiões Afro-Brasileiras, o Idrafro, pediu ao Supremo Tribunal Federal a inclusão de um símbolo iorubá na Corte, após o aval a crucifixos em prédios públicos.
Na petição, encaminhada ao presidente do STF, Luis Roberto Barroso, o Idrafro sugere que o tribunal passe a contar com um Oxê, popularmente conhecido como “machado de Xangô”, símbolo iorubá da Justiça.
Em novembro do ano passado, o Supremo decidiu que símbolos religiosos em prédios públicos não ferem a neutralidade do Estado ou a liberdade de crença.
“O pedido assume especial significação considerando-se ainda o aterrorizador crescimento do discurso de ódio e dos ataques morais e físicos às religiões afro-brasileiras, um fenômeno que diariamente corrói a democracia brasileira ao privatizar os meios de comunicação social, sequestrar escolas públicas, conselhos tutelares, escolas de educação infantil e outras instituições da res pública, pilhadas por facções religiosas sob o olhar complacente – quando não conivente – das autoridades públicas”, sustentam os representantes do instituto.
O Idafro reforça que a solicitação não visa uma tutela específica ao símbolo, mas um tratamento igualitário. Não há data definida para Barroso se manifestar sobre a demanda.
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