Justiça

Em giro pela Ásia, Lula desconversa sobre indicação de Messias ao STF

Antes de sair da Malásia rumo ao Brasil, o presidente foi questionado pelo jornal ‘O Estado de S. Paulo’ sobre o anúncio de quem deve ficar com a vaga de Luís Roberto Barroso no Supremo

Por CartaCapital 28.10.2025 07h05

Lula em coletiva de imprensa na Malásia. Foto: ARIF KARTONO / AFP

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O presidente Lula (PT) desconversou sobre a possível indicação de Jorge Messias, atual advogado-geral da União, para a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal após a aposentadoria antecipada de Luís Roberto Barroso.

Questionado pela equipe de reportagem do jornal O Estado de S. Paulo que o acompanhava na Malásia, Lula se esquivou e pediu para que a imprensa aguardasse seu retorno ao Brasil para tratar da indicação ao Supremo. “Deixa eu chegar no Brasil primeiro”, disse Lula ao jornal na noite desta segunda-feira 27. “Deixa eu chegar”, insistiu.

De acordo com a agenda oficial do presidente, o desembarque em Brasília após o giro na Ásia está previsto para a noite desta terça-feira 28. Na quarta 29, Lula deve participar da posse de Guilherme Boulos (PSOL) como novo ministro da Secretaria-Geral da Presidência. Há certa expectativa de que Messias seja indicado ao Supremo neste mesmo dia.

Apesar de Lula ainda não ter dado sinais públicos de quem foi o escolhido para a vaga, membros do governo e outros nomes próximos ao presidente dizem que o martelo está batido. “Eu acho que ele [Lula] está com a convicção firmada no [Jorge] Messias”, comentou o senador Jaques Wagner (PT), líder do governo no Senado, na semana passada.

O parlamentar, ao comentar a decisão de Lula, tratava da conversa que o presidente teve com Davi Alcolumbre (União-AP), presidente da Casa Alta. No encontro, Alcolumbre teria reforçado ao petista sua preferência pelo senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Além da articulação política pela indicação do senador ao cargo, Lula tem sido pressionado a colocar uma mulher na cadeira. Atualmente o STF conta com apenas uma ministra: Cármen Lúcia. A própria magistrada sinalizou que gostaria que o presidente ampliasse a presença feminina na Corte, mas disse não estar na posição de fazer pedidos a Lula.

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