Justiça

Diretor de escola em SP que ofendeu LGBTs reconhece crime e firma acordo com a Justiça

Durante uma reunião, Daniel Contro associou ciganos e homossexuais a criminosos

Fachada do Colégio Liceu Jardim, em Santo André — Foto: Reprodução/SP2
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A Justiça de São Paulo homologou um acordo de não persecução penal contra Daniel Belluci Contro, diretor de uma escola particular em Santo André. Ele foi denunciado pelo crime de racismo por ter proferido frases homofóbicas durante uma reunião com pais e responsáveis em 3 de novembro de 2021.

A reunião foi gravada por participantes. Contro alegou que identidade de gênero “não será tida como normal nesta escola” e que “ciganos, homossexuais, criminosos (PCC, crime organizado) se organizaram para atacar os valores da sociedade tradicional judaico-cristã”.

O inquérito policial foi instaurado a pedido do vereador Ricardo Alvarez (PSOL) e do deputado federal Ivan Valente (PSOL), que foram acionados por familiares de alunos.

Com o acordo, Contro deverá pagar uma multa de 40 mil reais em favor de duas entidades que atuam no apoio à causa LGBT+, a serem indicadas por Alvarez.

O diretor ainda precisou se retratar pelas declarações preconceituosas e deverá publicar uma mensagem pública sobre o tema.

Em audiência, Contro disse que “se arrepende profundamente de fazer comparação entre homossexuais, ciganos e criminosos integrantes de facções”.

“Reforçando que os ciganos são um grupo étnico que merece todo o respeito da sociedade e que, da mesma maneira, os homossexuais não podem, de forma nenhuma, ser comparados a criminosos, tal como foi afirmado em seu discurso anterior.”

Nas redes sociais, Alvarez comemorou a imposição da multa para concretizar o acordo judicial.

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