Justiça

Dino vota para excluir estatais da Lei de Falências

O julgamento acontece no plenário virtual até a próxima semana

Dino vota para excluir estatais da Lei de Falências
Dino vota para excluir estatais da Lei de Falências
O ministro do STF Flávio Dino. Foto: Rosinei Coutinho/STF
Apoie Siga-nos no

O Supremo Tribunal Federal começou a analisar nesta sexta-feira 10 se empresas estatais podem se submeter ao regime de recuperação judicial previsto na Lei de Falências. O ministro Flávio Dino, relator do caso na Corte, votou pelo não reconhecimento do regime de falência para estatais.

O julgamento, que acontece no plenário virtual até a próxima semana, terá repercussão geral. Com isso, a tese fixada pelo Supremo será aplicada a todo o Judiciário.

O caso chegou ao Supremo após a Empresa Municipal de Serviços, Obras e Urbanização (Esurb) recorrer contra uma decisão do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais. A Esurb teve seu pedido de se submeter ao regime de recuperação judicial negado.

O Tribunal alegou que a própria lei veda, em seu art. 2o, a aplicação da Lei para empresas públicas. Apesar disso, a Esurb argumenta que a Constituição Federal determina que empresas estatais sejam submetidas ao regime jurídico das empresas privadas, “o que permitiria a incidência do regime de recuperação judicial e falência”.

Em seu voto, o ministro Flávio Dino negou o recurso e propôs fixar a tese de repercussão geral sobre a “inaplicabilidade do regime falimentar às empresas públicas e sociedades de economia mista”, escreveu o magistrado. Com a decisão, o ministro considera constitucional o art. 2o da Lei de Falências.

Dino destacou que, se uma empresa estatal nasce por lei, ela deve ser encerrada também por uma lei específica. Para ele, caso o Poder Judiciário decida pela falência de uma estatal por meio de decisão judicial, estaria substituindo o Poder Legislativo em sua competência.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.

O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.

Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.

Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo