Cotado para assumir a posição de Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal, o ministro da Justiça Flávio Dino visitou o órgão nesta quarta-feira 20. Perguntado sobre se seria indicado, Dino brincou com a música de Zeca Pagodinho. “Deixa a vida me levar”.
Dino negou que esteja fazendo campanha pelo cargo e que esta é “uma designação do presidente”. O ministro compareceu ao STF para a cerimônia de abertura de uma exposição em homenagem aos 35 anos da Constituição Federal.
“Não existe candidatura a ministro do Supremo, não existe campanha para ministro do Supremo, não existe pleito, pedido, solicitação para ser ministro do Supremo, porque é uma designação do presidente da República e aprovação do Senado”, afirmou.
“Então, quando você enxerga as coisas assim, você fica muito tranquilo. E eu estou, com a graça de Deus, muito bem no Ministério da Justiça”, disse.
“Vamos deixar o presidente amadurecer a decisão dele, com as ótimas alternativas que ele tem”, completou Dino.
Em outra declaração, em julho deste ano, Dino afirmou estar“feliz” com a especulação sobre o seu nome, mas rechaçou que esteja em curso uma “campanha”.
Além do ministro, são cotados para o cargo o advogado-geral da União, Jorge Messias, e o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas.
Ministra negra
Entidades do movimento negro estão cobrando que o presidente Lula indique uma ministra negra para a vaga no STF. Os ministros Silvio Almeida, dos Direitos Humanos, Anielle Franco, da Igualdade Racial e Cármen Lúcia, do STF, também se posicionaram favoravelmente à indicação.
Em 132 anos de existência, a Suprema Corte nunca teve nenhuma jurista negra, apenas três homens negros, os ministros Pedro Augusto Carneiro Lessa, Hermenegildo R. de Barros e Joaquim Barbosa.
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