Justiça

Delatores do ataque hacker à Lava Jato depõem à Justiça Federal

Investigados foram ouvidos por videoconferência pelo juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal de Brasília

Delatores do ataque hacker à Lava Jato depõem à Justiça Federal
Delatores do ataque hacker à Lava Jato depõem à Justiça Federal
Sergio Moro e Deltan Dallagnol. Fotos: Antonio Cruz/Agência Brasil e Marcelo Camargo/Agência Brasil
Apoie Siga-nos no

Investigados sob suspeita de participação no ataque hacker a celulares de autoridades, incluindo procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato, Gustavo Elias Santos e Luiz Henrique Molição prestaram novos depoimentos nesta sexta-feira, 21, nas investigações da Operação Spoofing, que apura o crime cibernético.

Eles foram ouvidos por videoconferência pelo juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal de Brasília.

Ambos chegaram a ser presos durante as investigações, mas foram liberados após a homologação de acordos de colaboração com a Justiça Federal. Enquanto Santos nega ter participado das invasões dos celulares, Molição se comprometeu a trazer revelações sobre o hackeamento das autoridades por meio das contas do aplicativo de comunicação Telegram.

“Não tenho participação, nem parte, nem culpa do que aconteceu. Se foi usado no meu perfil, na minha conta, não fui eu. E é uma lógica, se eu tivesse descoberto essa técnica, eu teria utilizado mais vezes, porque o meu login estava ativo até o dia da minha prisão”, afirmou Santos, que era DJ e produtor de eventos antes de ser preso.

Molição, que era estudante de Direito, deu sua versão de como Walter Delgatti Neto, conhecido Vermelho, teria invadido os aparelhos. “Todas as contas que eu tive acesso, já haviam sido hackeadas, e ele só me passava o material obtido ou o acesso”, afirmou.

ENTENDA MAIS SOBRE: , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.

O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.

Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.

Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo