Justiça

Crise de pânico no dia da audiência afasta a pena de confissão, decide o TST

Prevaleceu na Corte o entendimento de que não havia como funcionário se locomover até o fórum

Crise de pânico no dia da audiência afasta a pena de confissão, decide o TST
Crise de pânico no dia da audiência afasta a pena de confissão, decide o TST
O Tribunal Superior do Trabalho. Foto: Warley Andrade/TV Brasil
Apoie Siga-nos no

A Quinta Turma do Tribunal Superior do Trabalho rejeitou o recurso de uma empresa de Curitiba (PR) que buscava a aplicação da pena de confissão a um vendedor que sofreu uma crise de pânico no dia de uma audiência de instrução e faltou a esse compromisso.

Prevaleceu na Corte o entendimento de que não havia como o funcionário da BR Comércio de Automóveis se locomover até o fórum no horário marcado, devido às características do transtorno.

A companhia alegou ao TST que o empregado apresentou o atestado cinco horas depois do início da audiência e que o documento não tratava expressamente da impossibilidade de comparecimento.

O relator no TST, ministro Breno Medeiros, enfatizou que o transtorno de pânico envolve episódios súbitos de medo e desconforto extremo. O quadro, então, afetaria a capacidade de locomoção do paciente. Medeiros baseou suas conclusões no Código Internacional de Doenças.

O magistrado acrescentou que acolher o pedido da empresa significaria ignorar as características do transtorno de pânico e as dificuldades na área da saúde, como a demora no atendimento, a insuficiência de profissionais e a sobrecarga do sistema. Ficou vencida apenas a ministra Morgana Richa.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.

O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.

Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.

Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo