Justiça
Conselheiros do TCE-RS terão que devolver 1,2 milhão aos cofres públicos, decide Justiça
Os conselheiros levaram em conta o período em que foram deputados estaduais para receber licenças-prêmio não gozadas


Três conselheiros do Tribunal de Contas do Rio Grande do Sul (TCE-RJ) foram condenados pela Justiça a devolver 1,2 milhão de reais aos cofres públicos. Segundo a decisão, Alexandre Postal, Marco Antônio Lopes Peixoto e Iradir Pietroski levaram em conta o período em que foram deputados estaduais para receber licenças-prêmio não gozadas.
Em 2022, a juíza Cristina Luísa Marquesan da Silva, da 1ª Vara da Fazenda Pública da capital, considerou essa contabilização de tempo indevida. Os conselheiros então entraram com recurso e o caso foi parar na 3ª Câmara Cível do TJ-RS.
“Conclui-se, então, pela inexistência de autorização legal para o cômputo do tempo de mandato eletivo para fins de concessão de licença-prêmio”, disse o desembargador Leonel Pires Ohlweiler, na decisão assinada em 19 de dezembro do ano passado. Ainda cabe recurso.
Alexandre Postal, corregedor-geral, Marco Antônio Lopes Peixoto, atual presidente do TCE-RS, e Iradir Pietroski, vice-presidente da instituição, devem devolver, respectivamente: 471.519,84 reais, 447.943,85 reais e 300.593,90 reais.
A defesa dos conselheiros afirmou que “os réus permanecem convictos da licitude das decisões” e que “a legislação estadual contempla esse período como apto para a concessão de licença-prêmio”.
Em nota, o TCE-RS afirmou que o órgão tem convicção da legalidade do ato administrativo e que ele está em vigor há mais de uma década. “Quanto ao referido processo, a posição do Ministério Público e da Procuradoria-Geral do Estado, também acompanham o entendimento do TCE-RS quanto à legalidade do procedimento”, disse.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Assembleia do Ceará aprova esposa de Camilo Santana para conselheira do TCE
Por CartaCapital
TCE de SC determina que governo Jorginho Mello suspenda parceria sem licitação com empresa recém-aberta
Por CartaCapital