Justiça
Caso Marielle: PF e MP encontram ligação entre Capitão Adriano e acusado de matar vereadora
O relatório faz parte da busca por quem mandou matar Marielle e seu motorista, Anderson Gomes


Um novo relatório conjunto da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) mostra uma ligação entre Adriano da Nóbrega, miliciano que chefiava o Escritório do Crime no Rio, com Ronnie Lessa, PM preso acusado de assassinar a vereadora Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes.
O documento mostra que Adriano da Nóbrega usava uma concessionária de luxo na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro, para vender e comprar carros.
O local foi alvo de pesquisas na internet feitas por Lessa e era frequentado por um homem de sua confiança, preso por sumir com as armas do policial militar da reserva. Trata-se de Márcio Mantovano.
“O estabelecimento Garage Store é suspeito de transacionar com Adriano da Nóbrega, alvo da Operação Intocáveis, e foi pesquisado por Ronnie Lessa junto à ferramenta Google”, diz o relatório da PF e do MP-RJ, obtido pelo UOL.
O documento diz ainda que homens ligados a Adriano da Nóbrega e Ronnie Lessa tinham relação próxima e frequentavam as mesmas festas no Rio. Os dois, porém, ainda não têm um elo direto, exceto a loja de carros de luxo e o fato de terem se conhecido quando ambos foram do Batalhão de Operações Especiais (Bope).
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.