Justiça

Caso Mari Ferrer: CNJ notifica juiz para explicar processos em massa contra famosos

A determinação é do corregedor-nacional de Justiça, Luís Felipe Salomão. Rudson Marcos tem 15 dias para se manifestar

Rudson Marcos, juiz do Tribunal de Justiça de Santa Catarina. Foto: Reprodução
Apoie Siga-nos no

O juiz Rudson Marcos, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, tem 15 dias para prestar esclarecimentos ao Conselho Nacional de Justiça sobre a abertura de pelo menos 160 processos contra personalidades e figuras públicas que usaram a hashtag #estuproculposo em meio ao caso Mari Ferrer.

A determinação é do corregedor-nacional de Justiça, Luís Felipe Salomão, assinada na última quarta-feira 3.

Salomão se manifestou no âmbito de uma demanda apresentada pela União Brasileira de Mulheres. A entidade pediu ao Conselho que apure um suposto assédio judicial cometido pelo juiz catarinense.

Entre os alvos das ações movidas por Rudson estavam famosos como Angélica, Ana Hickmann, Felipe Neto, Ivete Sangalo, Marcos Mion, Patrícia Pillar e Tatá Werneck.

A deputada federal Maria do Rosário (PT-RS), a deputada estadual Luciana Genro (PSOL-RS), o senador Jorge Kajuru (PSB-GO) e o jornal O Estado de S. Paulo também foram processados.

Na ação enviada ao CNJ, a União Brasileira de Mulheres sustentou que o magistrado utilizou o Judiciário para “silenciar e cercear esse movimento de luta por direitos”.

Em 2018, Mariana Ferrer acusou o empresário André de Camargo Aranha de estupro em um clube de luxo em Florianópolis (SC). Dois anos depois, ele foi absolvido por Rudson Marcos.

A expressão “estupro culposo” ganhou repercussão nas redes sociais após os argumentos usados pelo promotor Thiago Carriço de Oliveira serem divulgados pela imprensa. Nas gravações, ele tenta defender a tese de que o empresário não teve intenção de cometer um crime.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.

Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo