Justiça
Caso Gritzbach: Justiça torna réus os seis envolvidos no assassinato do delator do PCC
Os envolvidos, entre eles três policiais militares, serão julgados pelos crimes de de homicídio qualificado, com qualificadoras por motivo torpe, emprego de arma de fogo e emboscada


O Tribunal de Justiça de São Paulo aceitou a denúncia e tornou réus os seis envolvidos no assassinato de Vinícius Gritzbach, o delator do PCC, em novembro do ano passado, no aeroporto de Guarulhos. A decisão foi expedida nesta segunda-feira 17, pelo juiz Rodrigo Tellini de Aguirre Camargo, da Comarca de Guarulhos.
Os envolvidos, entre eles três policiais militares, serão julgados pelos crimes de homicídio qualificado, com qualificadoras por motivo torpe, emprego de arma de fogo e emboscada.
Também recaem sobre os réus a morte de um motorista de aplicativo, atingido por uma bala perdida na emboscada ao delator do PCC, e duas tentativas de homicídio contra pessoas feridas por estilhaços.
A Justiça também decretou a prisão preventiva dos envolvidos. Até agora, apenas três policiais militares encontram-se presos, e os demais réus ainda não foram encontrados pela Polícia.
Três policiais militares se tornam réus como executores do crime: o cabo Denis Martins e o soldado Ruan Rodrigues são acusados de usar fuzis para matar Gritzbach e respondem diretamente pelos dois homicídios e pelas duas tentativas. Já o tenente Fernando Genauro é acusado de ajudar a dupla na execução ao levá-la de carro até o local do crime e depois auxiliá-la na fuga. Ele responde como co-autor.
A investigação aponta Kauê Amaral como “olheiro” do aeroporto, responsável por transmitir informações aos atiradores e monitorar os passos de Gritzbach até a execução. Emílio Gongorra, o “Cigarreira”, e Diego Amaral, o “Didi”, por fim, são considerados os mandantes do assassinato.
Segundo a investigação, Gritzbach foi executado por vingança, acusado de mandar matar dois integrantes do PCC: Anselmo Santa Fausta o Cara Preta, e Antônio Corona Neto, o Sem Sangue.
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