Justiça
Caso Genivaldo: Agentes da PRF que torturaram homem em câmara de gás vão a júri popular
Ambos seguem em prisão preventiva até o julgamento, ainda sem data marcada
Os agentes da Polícia Rodoviária Federal envolvidos na abordagem que resultou na morte de Genivaldo Santos, em Umbaúba (SE), vão a júri popular pelos crimes de tortura-castigo e homicídio triplamente qualificado. O crime aconteceu em maio de 2022.
A decisão é do juiz Rafael Soares Souza, da 7ª Vara da Justiça Federal em Sergipe, que descartou a possibilidade de os policiais serem julgados por abuso de autoridade.
Na decisão, Souza ainda manteve a prisão preventiva dos policiais. Ainda não há data marcada para o julgamento.
William de Barros Noia, Kleber Nascimento Freitas e Paulo Rodolpho Lima Nascimento estão presos desde o dia 14 de outubro no Presídio Militar de Sergipe. Eles foram denunciados por abuso de autoridade, homicídio qualificado e tortura pela Ministério Público Federal.
No último dia 25 de dezembro, os policiais prestaram depoimento à Justiça Federal, em Estância, a 70 km de Aracaju.
Em 25 de maio, Genivaldo Santos foi abordado pelos agentes em Umbaúba, município do litoral sul sergipano, introduzido no porta-malas da viatura e obrigado a inalar gás lacrimogêneo e spray de pimenta.
Nas imagens feitas por testemunhas, é possível ver um policial com o joelho sob o pescoço da vítima, mesmo ela estando imobilizada.
Segundo o Instituto Médico Legal, Genivaldo morreu por asfixia mecânica e insuficiência aguda respiratória.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.
Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.