O advogado Frederick Wassef, que trabalha para o senador Flávio Bolsonaro e para seu pai, o presidente Jair Bolsonaro, afirmou nesta terça-feira 18 que o caso sobre a morte do miliciano Adriano da Nóbrega é “muitíssimo mais grave” do que o de Ágatha Félix, a menina de 8 anos morta por um tiro de um policial militar no Complexo do Alemão em setembro e 2019.
“Um cidadão inocente que foi brutalmente torturado e posteriormente assassinado, com a conivência de, certamente, altas autoridades”, disse Wassef para a Folha de S. Paulo.
O advogado defende que a investigação sobre a morte do ex-PM seja federalizada e que o Ministério da Justiça seja acionado. “A vida humana é preciosa e ninguém vale mais do que ninguém. Mas o que estou dizendo é que é absolutamente impossível e incomparável uma cena de perseguição policial em favela carioca e troca de tiro com uma situação de uma diligência com autorização e participação do governo da Bahia”, completou.
O presidente Jair Bolsonaro disse, na tarde desta terça-feira 18, que tomou providências legais para uma perícia independente no corpo de Adriano.
O Ministério Público da Bahia (MPBA) informou na terça-feira 18 que pediu à Justiça que o corpo de Adriano Nóbrega seja “mantido intacto” até a realização de um novo exame pericial complementar. Nóbrega foi morto no dia 9 de fevereiro, em Esplanada, interior do estado, em uma operação da Polícia Militar da Bahia e da Polícia Civil do Rio de Janeiro.
A partir do novo exame, que deverá ser feito pelo Instituto Médico-Legal do Rio de Janeiro (IML-RJ), para onde o corpo foi levado, o MP quer saber a direção que os projéteis percorreram no corpo de Adriano; o calibre das armas utilizadas; a distância dos tiros e outras informações que os peritos acharem relevantes para a elucidação da morte do ex-policial.
*Com informações da Agência Brasil
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