O candidato a vereador Wandercy Antônio Pugliesi, de Pomedore (SC), foi intimado na quinta-feira 15 pela Justiça Eleitoral do Estado para explicar sua situação partidária. Ele tem 72 horas para prestar os esclarecimentos.
A polêmica em torno da candidatura começou após o símbolo de uma suástica ser descoberto na piscina de sua casa. Além do símbolo, o filho do catarinense se chama Adolf, mesmo nome de Hitler.
O documento foi enviado ao candidato depois da identificação de um registro de desfiliação partidária feito pelo Partido Liberal (PL) em 8 de outubro. O pedido foi feito por conta da homenagem que Wander fez ao nazismo.
Segundo a intimação, na consulta aos registros oficiais do sistema, não há registro de desfiliação do candidato.
No documento enviado, o juiz pede que Wander explique sua filiação partidária até 4 de abril de 2020, prazo que corresponde aos seis meses de filiação que os candidatos devem atender para disputar os cargos eletivos.
Partido expulsou candidato
O Diretório Estadual do Partido Liberal em Santa Catarina informou no último dia 8 que desconhecia o fato e por isso encaminhou o desligamento de Wander. Sem partido, ele não poderá concorrer as eleições deste ano.
Inscrito no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) como Professor Wander, ele lecionou história em escolas do ensino médio de Santa Catarina durante anos.
Em 1998, a pedido do Ministério Público Federal (MPF), livros e materiais com suásticas do professor foram apreendidos pela Polícia Federal. De acordo com a NSC, ele não foi condenado criminalmente.
A reportagem não conseguiu contato com Wander, mas deixa o espaço aberto para manifestação.
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