O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou uma queixa-crime contra Walter Delgatti, responsável pelo vazamento das mensagens entre juizes e procuradores da Lava Jato, por suposta prática de calúnia.
O pedido decorre da afirmação do hacker à CPMI do 8 de Janeiro de que o ex-capitão teria pedido a ele que invadisse e interceptasse os dispositivos eletrônicos do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.
Os advogados alegam que Delgatti teria disseminado fatos “manifestamente mentirosos” e lesionado a honra de Bolsonaro durante a audiência na comissão.
Ainda segundo a queixa-crime, o ex-presidente “se manteve fiel aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade”, enquanto o hacker somente se tornou conhecido pela invasão de contas de autoridades em plataformas de mensagens.
Bolsonaro recebeu Delgatti no Palácio da Alvorada em agosto do ano passado, período próximo à eleição. Segundo o hacker, foi durante esse encontro que o então presidente teria pedido uma simulação sobre inexistente fraude nas urnas e a invasão dos dispositivos do ministro.
A ação protocolada por Bolsonaro será analisada pelo 3º Juizado Especial Criminal de Brasília.
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