O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, negou, nesta sexta-feira 28, um novo pedido para revogar a prisão do ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres. A solicitação havia sido protocolada pela defesa de Torres na quarta-feira.
Na decisão, Barroso rejeitou analisar o mérito do caso e afirmou que a jurisprudência do STF não autoriza habeas corpus contra decisões individuais de outros ministros. “Não há alternativa senão julgar extinto o processo, sem resolução do mérito, por inadequação da via eleita”, escreveu.
No documento que pedia a soltura de Torres, os advogados alegavam a necessidade de “preservação da vida” de Torres. O argumento principal dos advogados do ex-ministro é de ele está em um quadro de depressão e sofreu uma “severa crise” no início da semana.
Relatos apontam que o ex-ministro apresenta crises de ansiedade e chora de forma compulsiva por saudade de seus familiares. Há também o registro dos advogados de que o ex-ministro está profundamente desanimado com a sua situação e que já teria perdido cerca de 12 quilos.
Torres está preso desde 14 de janeiro por ordem do ministro Alexandre de Moraes pelo suposto envolvimento na invasão bolsonarista à sede dos Três Poderes, em Brasília.
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