Justiça

Banco do Brasil terá 15 dias para pedir desculpas sobre escravidão, define MPF

Inquérito do MPF foi motivado por documento subscrito por 15 professores e universitários

Foto: Marcelo Camargo/ABR
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Após uma reunião nesta sexta-feira 27 entre advogados do Banco do Brasil e o Ministério Público Federal (MPF), ficou definido que o banco terá 15 dias para se manifestar sobre o reconhecimento de sua participação na escravidão.

A reunião foi para discutir o inquérito civil instaurado pelo MPF no mês passado que visa investigar a relação entre o Banco do Brasil e o tráfico de pessoas negras escravizadas no século XIX. As informações são do jornal O Globo.

Em nota, divulgada antes da reunião, o banco se defende, afirmando que “os debates sobre a escravidão, para serem efetivos e ganharem a dimensão merecida, devem envolver toda a sociedade brasileira atual”.

“É importante que se tenha uma leitura mais completa da realidade da época, com a devida consideração do contexto histórico, social, econômico, jurídico e cultural do período em que se desdobrou a escravidão”, adicionou.

Entenda a ação do MPF

O inquérito foi motivado por documento subscrito por 15 professores e universitários oriundos de diversas universidades brasileiras e estrangeiras, que submeteram ao MPF a necessidade de apuração e debate sobre a responsabilidade de instituições no Brasil envolvidas com a escravização.

No caso do documento apresentado, a abordagem trata especificamente do Banco do Brasil. Os historiadores apontam que escravidão e modernidade eram partes constituintes da instituição financeira.

Dados apontados pelos historiadores indicam que o banco se valeu de recursos como a arrecadação de impostos sobre embarcações dedicadas ao tráfico de pessoas escravizadas.

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