Justiça

Após quatro dias de apagão, prefeitura de São Paulo aciona Justiça contra Enel 

Mais de 200 mil imóveis ainda estão sem luz na Grande São Paulo

Após quatro dias de apagão, prefeitura de São Paulo aciona Justiça contra Enel 
Após quatro dias de apagão, prefeitura de São Paulo aciona Justiça contra Enel 
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
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A prefeitura de São Paulo, após quatro dias de apagão, acionou a Justiça contra a Enel. O pedido exige o restabelecimento integral dos serviços de energia elétrica na capital, sob pena de multa diária de 200 mil reais. A ação ainda não foi julgada.

Desde o apagão ocorrido na sexta-feira 11, pelo menos 220 mil imóveis ainda estão sem luz na Grande São Paulo, conforme reportado pela própria Enel em boletim nesta terça-feira 15.

Na petição enviada à Justiça, a prefeitura acusa a Enel de “inércia” e aponta falhas no manejo preventivo da rede elétrica. A ação cita a queda de 386 árvores durante os temporais, que teria resultado na interrupção do fornecimento. Segundo o documento, a falta de podas preventivas — que a gestão municipal aponta ser responsabilidade da empresa italiana — agravou o problema.

A ação protocolada nesta segunda pela gestão municipal acusa a Enel de “crônico descumprimento” do Plano Anual de Podas de 2023.

“Que leve em consideração o montante de árvores em contato com a fiação elétrica ou dentro dos limites da zona controlada (cerca de 1/3 do total de árvores situadas em vias públicas), bem assim a alta probabilidade de intempéries climáticas a que a cidade se sujeita entre os meses de outubro a março, todos os anos”, diz um trecho do documento.

Mais cedo, a prefeitura foi notificada pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), ligada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, sobre o tema. O órgão quer informações detalhadas sobre o corte de árvores em São Paulo e o mapeamento da queda de galhos na rede elétrica, que deve ser feito pelo município. Ricardo Nunes (MDB), diante da notificação, criticou a ação, alegando ser uma medida ‘política’ para, supostamente, beneficiar seu adversário na eleição, o deputado do PSOL, Guilherme Boulos.

A prefeitura também acionou a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e o Tribunal de Contas da União (TCU) para investigar as falhas no serviço da concessionária.

Confira o pedido na íntegra:

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