Justiça

Após Cid, Bolsonaro e mais 6 devem apresentar alegações finais na ação do golpe; veja os próximos passos

O militar foi o primeiro réu a se manifestar na ação por ter fechado um acordo de colaboração premiada com a Polícia Federal

Após Cid, Bolsonaro e mais 6 devem apresentar alegações finais na ação do golpe; veja os próximos passos
Após Cid, Bolsonaro e mais 6 devem apresentar alegações finais na ação do golpe; veja os próximos passos
Jair Bolsonaro e o advogado Paulo Cunha Bueno em interrogatório no STF. Foto: Fellipe Sampaio/STF
Apoie Siga-nos no

Com a apresentação das alegações finais do tenente-coronel Mauro Cid, delator na ação do golpe, os demais réus do núcleo crucial terão 15 dias para enviar suas defesas ao Supremo Tribunal Federal sobre o processo da trama golpista em 2022.

O militar foi o primeiro réu a se manifestar na ação por ter fechado um acordo de colaboração premiada com a Polícia Federal. Na petição enviada ao tribunal nesta terça-feira 29, os advogados pedem a absolvição de Cid e afirmam que ele agiu “no cumprimento de ordens superiores”, sem (intenção) de atentar contra o Estado Democrático de Direito.

Segundo a defesa, o delator “não pertenceu, integrou ou organizou qualquer associação criminosa voltada para abalar as instituições democráticas”, e jamais praticou “atos voltados à concretização de uma ruptura institucional”. Em 14 de julho a Procuradoria-Geral da República defendeu a condenação de Cid, do ex-presidente Jair Bolsonaro e dos demais réus.

Agora é a vez dos outros acusados enviarem ao Supremo as suas versões finais sobre o caso. Finalizado o prazo de 15 dias, o caminho também estará aberto para o julgamento, previsto para acontecer após o relator, ministro Alexandre de Moraes, preparar seu voto e marcar a análise do caso na Primeira Turma do STF.

Além do militar e de Bolsonaro, são réus nesta ação:

  • Alexandre Ramagem (PL-RJ), deputado federal;
  • Almir Garnier Santos, almirante e ex-comandante da Marinha;
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;
  • Augusto Heleno, general da reserva e ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional;
  • Paulo Sérgio Nogueira, general e ex-ministro da Defesa.
  • Walter Braga Netto, general da reserva e ex-ministro da Casa Civil.

Todos eles respondem por cinco crimes: tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, participação em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Se condenados, as penas podem chegar a 40 anos de prisão.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo