Justiça

Anderson Torres não deverá fazer delação premiada, diz advogado

Mesmo avisado sobre a chegada de manifestantes, o ex-secretário não reforçou a segurança do DF e saiu de férias

O ex-ministro da Justiça Anderson Torres. Imagem: MJSP
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O advogado que representa o ex-ministro Anderson Torres, Rodrigo Roca, afirmou nesta quarta-feira 18 que o ex-secretário da Segurança do Distrito Federal não deverá fazer uma delação premiada sobre os atos terroristas em Brasília, no último dia 8.

“Não há a menor possibilidade de delação premiada pelo fato de que não há o que ser delatado”, disse o representante de Torres à CNNBrasil.

Torres, que foi ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL), está preso desde o último sábado 14 quando desembarcou no Brasil e prestará depoimento á Polícia Federal ainda hoje. Ele tirou férias dias antes dos atos de depredação, após ter exonerado funcionários da inteligência da Secretaria de Segurança do DF.

O mandado de prisão foi emitido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal, que é relator dos inquéritos que apuram o episódio. O ex-secretário teria agido de forma omissiva e conivente com os golpistas.

Na decisão, o magistrado aponta que Torres deveria ter tomado medidas para previnir a ocorrência dos crimes após serviços de inteligência alertarem sobre a chegada de centenas de ônibus com aliados de Bolsonaro.

Durante busca e apreensão em imóvel relacionado ao ex-ministro, a Polícia Federal encontrou um rascunho de um decreto golpista. O texto apontava a instauração de um Estado de Defesa no Tribunal Superior Eleitoral, com o objetivo de anular o pleito presidencial.

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