O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), incluiu parte do período das eleições de 2018 na autorização da quebra de sigilo bancário e fiscal dos empresários suspeitos de financiar um esquema de disseminação de notícias falsas. A informação é do jornal Folha de S. Paulo.
A decisão de Moraes engloba os dados financeiros do período entre julho de 2018 e abril de 2020. O dono da rede de lojas Havan, Luciano Hang, está entre os alvos da apuração. O empresário se aliou a Bolsonaro ainda durante a campanha presidencial.
A Polícia Federal cumpre mandados de busca e apreensão contra empresários e políticos nos estados do Rio de Janeiro, Brasília, São Paulo, Mato Grosso, Paraná e Santa Catarina. O inquérito apura fake news, ofensas, ataques e ameaças contra ministros do STF.
No rol dos investigados, também estão o dono das academias SmartFit e BioRitmo, Edgard Corona; o humorista Reynaldo Bianchi Junior e o militante Winston Rodrigues Lima.
A proliferação de fake news é tema de dois pedidos de cassação da chapa do presidente Jair Bolsonaro e do vice-presidente Hamilton Mourão. As ações tramitam no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo o novo presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso, alguns dos pedidos vão ser pautados em breve.
Recentemente, Luciano Hang foi condenado por espalhar fake news sobre o reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Marcelo Knobel.
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