A raiz da corrupção

Para além dos escândalos noticiados pela mídia, a sociedade precisa falar das práticas legalizadas de apropriação do patrimônio público pelo capital privado

Jair Messias Bolsonaro. Foto: Sergio Lima / Poder360 / AFP

Apoie Siga-nos no

O tema da corrupção e de seu suposto combate volta à pauta com intensidade de tempos em tempos e deverá ser recorrente neste ano eleitoral. Ainda que debater a corrupção seja de extrema importância, é essencial que façamos, enquanto sociedade, uma discussão atualizada e realista de suas implicações e que saibamos identificar onde ela de fato reside.

Antes, é preciso dizer que a corrupção é um fenômeno milenarmente presente na vida social. Surge com o sentido atual que conhecemos, de apropriação privada de patrimônio público, a partir da modernidade, quando o patrimônio do soberano, que se confundia com o Estado, deixa de existir, e o patrimônio do Estado passa a ser visto como propriedade pública.

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

1 comentário

PAULO SERGIO CORDEIRO SANTOS 8 de fevereiro de 2022 03h46
Verdade, caro Pedro Serrano, eis que a sangria do mercado financeiro é pior que a corrupção propriamente dita dos políticos, tão explorado midiaticamente. E olha que a corrupção no Brasil não está entre as primeiras do globo, mas é intensamente alardeada. Talvez seja essa uma tática de esconder o que o mercado financeiro nos surrupia diariamente. A Lava Jato se apropriou muito desse discurso moralista, juntamente com essa mídia marrom acossando o judiciário e um Ministério Público Federal acumpliciado. Recentemente Sérgio Moro se denunciou, dizendo ser o chefe da Lava Jato, um escândalo que a grande mídia não mostra. A corrupção em si não é o pior dos males, pois ela já está tipificada no Código Penal, pior que ela é a corrupção que é legalizada, a dos bancos e do mercado financeiro com a interminável Dívida Pública.

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.