O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a acionar o Supremo Tribunal Federal, nesta terça-feira 24, contra o presidente Lula (PT) por injúria e difamação. A queixa-crime diz respeito a uma declaração do petista, concedida em março, na qual ele teria insinuado que Bolsonaro seria dono de uma mansão nos Estados Unidos.
A afirmação ocorreu durante uma cerimônia de regulamentação da Lei Paulo Gustavo, no Palácio do Planalto.
“Acabaram de descobrir uma casa, uma casa de 8 milhões de dólares do ajudante de ordens do Bolsonaro. Certamente, uma casa de 8 milhões não é para o ajudante de ordens. Certamente, é para o paladino da discórdia, o paladino da ignorância”, disse Lula, à época.
A defesa de Bolsonaro argumenta que o petista não citou o nome do ex-presidente para evitar ser responsabilizado, mas que teriam se configurado os crimes de injúria e difamação.
No documento, os advogados Daniel Tesser, Fábio Wajngarten e Paulo Amador Cunha afirmam que a casa no sul da Califórnia foi adquirida por 1,7 milhão de dólares e que o imóvel pertence a Daniel Cid, irmão de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
Ao Supremo, a defesa pede a concessão de liminar para que Lula publique uma retratação nas redes sociais no prazo de 24 horas.
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