Justiça

8 de Janeiro: STF forma maioria para condenar homem que furtou bola assinada por Neymar

O caso é analisado pela Primeira Turma do Supremo no plenário virtual da Corte

8 de Janeiro: STF forma maioria para condenar homem que furtou bola assinada por Neymar
8 de Janeiro: STF forma maioria para condenar homem que furtou bola assinada por Neymar
A bola assinada pelo jogador Neymar Jr.já foi devolvida à Câmara dos Deputados. Foto: Reprodução
Apoie Siga-nos no

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria pela condenação de Nelson Ribeiro Fonseca Júnior, acusado de invadir o Congresso Nacional durante os atos golpistas de 8 de Janeiro de 2023 e furtar uma bola de futebol autografada pelo jogador Neymar.

O caso está em análise no plenário virtual do Supremo. A ministra Cármen Lúcia e o ministro Flávio Dino acompanharam integralmente o voto do ministro Alexandre de Moraes, que propôs 17 anos de prisão pelo furto e também pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e associação criminosa armada.

O ministro Cristiano Zanin, por sua vez, disse que concorda “integralmente” com a condenação, mas propôs pena mais branda: 5 anos. O ministro Luiz Fux, o quinto integrante da Primeira Turma, ainda não se manifestou. A sessão virtual ficará aberta até o fim do dia nesta segunda-feira 30.

A bola furtada integra o acervo da Câmara dos Deputados e ficou com Fonseca Júnior por quase três semanas após o furto. Ele entregou o objeto à Polícia Federal, que o encaminhou de volta ao acervo da Câmara.

Ao analisar a justificativa apresentada por Nelson, que alegou ter recolhido o objeto apenas para preservá-lo e devolvê-lo posteriormente, o ministro Alexandre de Moraes foi enfático: a posterior devolução não elimina a ilicitude do ato, tampouco o dolo, ainda que possa ser considerada atenuante. “O reconhecimento do arrependimento posterior não exclui a responsabilidade penal do agente”, afirmou.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo