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‘Não vamos aceitar turismo consumidor’ de maconha, diz presidente do Uruguai

Plano para legalizar a droga tem objetivo de resolver problemas uruguaios sem afetar os vizinhos, diz Mujica

O presidente do Uruguai, José Mujica, enviou projeto ao Parlamento em agosto. Foto: Miguel Rojo / AFP
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MONTEVIDÉU (AFP) – O presidente do Uruguai, José Mujica, declarou em entrevista à AFP que se for aprovado o seu projeto de regulamentar a venda de maconha no país, não aceitará “um turismo consumidor” de canabis. O plano de legalizar a produção e a venda de maconha “é para (resolver) os problemas que nós temos. Não vamos aceitar um turismo consumidor”, afirmou Mujica.

O projeto de lei anunciado em junho e enviado ao Parlamento no começo de agosto busca “arrebatar” do narcotráfico parte do mercado, com a meta de tratar os consumidores como doentes e não como delinquentes, disse o presidente, afirmando que “apareceram coisas que não existiam no Uruguai”, como os assassinatos por acerto de contas.

“O que estamos propondo não necessariamente é uma receita que vai nos livrar desta praga que se chama narcotráfico. O que queremos é experimentar outros caminhos. E a nós parece que uma coisa importante é tentar arrebatar-lhes o mercado. Porque pelo lado repressivo, o mercado continua caminhando”, enfatizou. “Parece-nos que colocá-lo sobre a mesa, regulamentá-lo, pode ser um mal muito menor do que o que está acontecendo hoje”, emendou. “Nós não defendemos a expansão do consumo de nenhuma droga”, enfatizou.

Sua ideia é que a venda “possa ser feita através do sistema de saúde global do Uruguai ou outros mecanismos, mas que seja estritamente controlado pelo Estado”, explicou. “Tem o inconveniente de que supõe a identificação, e isso é fundamental para saber que são uruguaios, segundo para poder induzi-lo (o consumidor) a que se trate caso seu consumo seja considerado exagerado, do ponto de vista médico”, acrescentou.

O presidente afirmou, ainda, que tentará fazer com que a maconha tenha “rastreabilidade” para dificultar sua venda ao exterior. “Porque não queremos afetar os vizinhos. Por isso, o Estado precisa gerir isto”, disse Mujica, que acredita que sem a compreensão e o apoio da sociedade, “as medidas serão um fracasso”.

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MONTEVIDÉU (AFP) – O presidente do Uruguai, José Mujica, declarou em entrevista à AFP que se for aprovado o seu projeto de regulamentar a venda de maconha no país, não aceitará “um turismo consumidor” de canabis. O plano de legalizar a produção e a venda de maconha “é para (resolver) os problemas que nós temos. Não vamos aceitar um turismo consumidor”, afirmou Mujica.

O projeto de lei anunciado em junho e enviado ao Parlamento no começo de agosto busca “arrebatar” do narcotráfico parte do mercado, com a meta de tratar os consumidores como doentes e não como delinquentes, disse o presidente, afirmando que “apareceram coisas que não existiam no Uruguai”, como os assassinatos por acerto de contas.

“O que estamos propondo não necessariamente é uma receita que vai nos livrar desta praga que se chama narcotráfico. O que queremos é experimentar outros caminhos. E a nós parece que uma coisa importante é tentar arrebatar-lhes o mercado. Porque pelo lado repressivo, o mercado continua caminhando”, enfatizou. “Parece-nos que colocá-lo sobre a mesa, regulamentá-lo, pode ser um mal muito menor do que o que está acontecendo hoje”, emendou. “Nós não defendemos a expansão do consumo de nenhuma droga”, enfatizou.

Sua ideia é que a venda “possa ser feita através do sistema de saúde global do Uruguai ou outros mecanismos, mas que seja estritamente controlado pelo Estado”, explicou. “Tem o inconveniente de que supõe a identificação, e isso é fundamental para saber que são uruguaios, segundo para poder induzi-lo (o consumidor) a que se trate caso seu consumo seja considerado exagerado, do ponto de vista médico”, acrescentou.

O presidente afirmou, ainda, que tentará fazer com que a maconha tenha “rastreabilidade” para dificultar sua venda ao exterior. “Porque não queremos afetar os vizinhos. Por isso, o Estado precisa gerir isto”, disse Mujica, que acredita que sem a compreensão e o apoio da sociedade, “as medidas serão um fracasso”.

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