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Jogador negro é comparado a King Kong

Caricatura que retrata o atacante italiano Mario Balotelli como macaco gera polêmica

Balotelli (à dir.) disputa lance com Ashley Cole, da Inglaterra. Foto: Damien Meyer / AFP
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Em cima do Big Ben jaz Mario Balotelli, o atacante da equipe italiana de futebol. Ele não desfere bofetadas em aviões como King Kong no topo do arranha-céu novaiorquino Empire State Building, mas chuta bolas de futebol.

É o que vemos na inoportuna caricatura de Valerio Marini na edição de terça-feira do diário italiano Gazetta dello Sport.

Segundo Marini, a ideia era mostrar Balotelli, que joga pelo Manchester City, a dominar a equipe inglesa nas quartas de final da Eurocopa, ou Copa da UEFA, a competição entre clubes europeus. Isso no domingo, em Kiev, quando os italianos venceram os ingleses nos pênaltis.

Marini não convence.

E nem os editores do Gazetta dello Sport, diário de maior tiragem da Bota. Eles publicaram as seguintes linhas: “Nesses tempos precisamos ser mais cautelosos e moderados, mas sempre lutamos contra o racismo, sempre julgamos inaceitável quando Balotelli é vaiado”.

No entanto, Marini e o diário sequer pediram desculpas a Balotelli pela infeliz caricatura.

Balotelli, nascido em Palermo e adotado aos dois anos por uma família italiana, é o primeiro jogador negro da equipe nacional italiana. Costuma provocar controvérsia por onde passa, mas ao mesmo tempo esse filho de pais biológicos ganenses é sempre vítima de ataques racistas.

Na primeira vez em que adentrou o campo com uma camisa da equipe nacional italiana num jogo contra a Romênia leu numa faixa: “Não para um time multiétnico”.

Na Eurocopa torcedores espanhóis e croatas fizeram imitações de macaco ao ver Balotelli. Um croata jogou uma banana em campo.

Balotelli avisou antes do evento que sairia de campo se fosse vítima de ataques racistas. Michel Platini, presidente da União das Federações Europeias de Futebol (UEFA, na sigla em inglês), retrucou: “Se ele fizer isso receberá cartão amarelo”.

Platini deixou transparente que o racismo não será erradicado do futebol europeu.

Em cima do Big Ben jaz Mario Balotelli, o atacante da equipe italiana de futebol. Ele não desfere bofetadas em aviões como King Kong no topo do arranha-céu novaiorquino Empire State Building, mas chuta bolas de futebol.

É o que vemos na inoportuna caricatura de Valerio Marini na edição de terça-feira do diário italiano Gazetta dello Sport.

Segundo Marini, a ideia era mostrar Balotelli, que joga pelo Manchester City, a dominar a equipe inglesa nas quartas de final da Eurocopa, ou Copa da UEFA, a competição entre clubes europeus. Isso no domingo, em Kiev, quando os italianos venceram os ingleses nos pênaltis.

Marini não convence.

E nem os editores do Gazetta dello Sport, diário de maior tiragem da Bota. Eles publicaram as seguintes linhas: “Nesses tempos precisamos ser mais cautelosos e moderados, mas sempre lutamos contra o racismo, sempre julgamos inaceitável quando Balotelli é vaiado”.

No entanto, Marini e o diário sequer pediram desculpas a Balotelli pela infeliz caricatura.

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