Torcedora iranianas que acompanhavam a Copa do Mundo do Catar denunciaram a presença de espiões para monitorar manifestações contra o governo de Teerã.
Segundo relatos, o governo iraniano estaria preocupado com as consequências negativas dos protestos que ocorrem no país. Alguns torcedores presentes no Mundial apontaram em entrevista ao site ge ter receio de voltar ao Irã.
Os homens indicados como espiões gravaram e fotografaram manifestações e homenagens a Mahsa Amini, jovem curda morta pela polícia do Irã por supostamente desobedecer os códigos de vestimenta locais.
Torcedoras disseram ao site que os policiais iranianos infiltrados são facilmente identificados, por portarem a bandeira com o brasão de armas do país, adotada após a Revolução Islâmica de 1979.
Durante o Mundial, casos de agressões e repreensões por parte dos agentes iranianos e de organizadores do evento foram registrados. Em relatos que circulam na internet, torcedoras afirmam que tiveram bandeiras confiscadas pela organização como forma de prevenir protestos.
Mulheres de diversos países e ativistas pelos direitos humanos aproveitam a Copa do Mundo para protestar contra o Irã.
Na primeira partida da Copa, contra a Inglaterra, os jogadores da seleção iraniana também não cantaram o hino nacional, como uma forma de protesto.
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