Esporte

Justiça da Espanha nega recurso e Luis Rubiales vai responder por beijo forçado em Jenni Hermoso

O ex-dirigente da Real Federação Espanhola de Futebol deve responder pelos crimes de delito contra a liberdade sexual e coação

Foto: Reprodução
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A Justiça da Espanha decidiu seguir com o julgamento de Luis Rubiales, ex-presidente da Federação Espanhola de Futebol (RFEF), pelo beijo forçado dado na jogadora da Seleção Espanhola, Jenni Hermoso, durante a comemoração da final da Copa do Mundo Feminina do ano passado. 

A determinação de prosseguimento do caso responde a um recurso protocolado pelo ex-dirigente em janeiro. 

No documento, Rubiales afirmava que não houve delito, pois a situação ocorreu num “momento de felicidade, de grande alegria”, rejeitando qualquer “conotação sexual”. 

No entanto, o tribunal rejeitou a argumentação e considerou “que os fatos descritos nos autos” mostram “indícios que se encaixam na descrição típica de um crime contra a liberdade sexual e outro de coerção”.

Rubiales vai responder pelos crimes de delito contra a liberdade sexual e coação. O júri ainda não foi marcado.

Além de Rubiales, o ex-treinador da Seleção, Jorge Vilda, e o diretor de marketing, Albert Luque, também serão julgados por coação, já que teriam pressionado Hermoso a não fazer a denúncia. 

O Ministério Público da Espanha solicitou dois anos e meio de prisão para Rubiales e uma indenização para a jogadora.

Depois das acusações, Rubiales, além de afastado da presidência da Federação Espanhola de Futebol, foi impedido pela Fifa de desempenhar qualquer atividade relacionada ao futebol nos próximos três anos.

Na época do ocorrido, a jogadora confirmou que o beijo dado pelo dirigente não foi consentido, ao contrário do alegado por ele.

“Quero esclarecer que, tal como visto nas imagens, em nenhum momento consenti o beijo que ele me deu. Não tolero que coloquem em dúvida minha palavra, muito menos que se inventem palavras que eu não disse”, declarou Hermoso.

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