Esporte

Alemanha arranca empate contra a Espanha e segue viva na Copa

Os espanhóis lideram o Grupo E, enquanto os alemães chegam à última rodada na lanterna

Foto: GLYN KIRK/AFP
Apoie Siga-nos no

A Alemanha ganhou fôlego na Copa do Mundo do Catar ao arrancar um empate em 1 a 1 com a Espanha no fim do jogo deste domingo 27 no Estádio Al Bayt em al-Khor, pela segunda rodada do Grupo E.

A Roja abriu o placar com Alvaro Morata (62), mas na reta final Niclas Füllkrug (83) conseguiu um resultado valioso para os alemães, que última rodada enfrentam a Costa Rica e precisam vencer.

A Espanha lidera com 4 pontos, seguida por Japão e Costa Rica, cada um com 3 pontos. Os alemães são os lanternas da chave com apenas um ponto.

O duelo prometia, por ser o mais tradicional da fase de grupos desta Copa, entre duas campeãs mundiais.

O técnico espanhol, Luis Enrique, decidiu escalar Dani Carvajal na lateral-direita no lugar de César Azpilicueta, a única mudança em relação ao time titular que goleou a Costa Rica na primeira rodada.

O ataque que atropelou os ‘ticos’ por 7 a 0 foi mantido, com Dani Olmo, Marco Asensio e Ferrán Torres, assim como a inabalável linha formada por Gavi, Busquets e Pedri no meio-campo.

Do outro lado, a Alemanha entrou com Thomas Müller como centroavante, apoiado por Serge Gnabry e Jamal Musiala, para tentar buscar a tão necessária vitória depois de sofrer a surpreendente derrota por 2 a 1 para o Japão na estreia.

O técnico Hansi Flick deixou o atacante Kai Havertz no banco para dar lugar a Leon Goretzka no meio-campo.

Antes de o jogo começar, a impressão que se tinha ao olhar para as arquibancadas era de que havia uma leve maioria de torcedores espanhóis em um público de 68.895 espectadores no luxuoso e imponente estádio que sediou a abertura do Mundial.

Espanha mais perigosa

Os espanhóis começaram assustando e logo aos 6 minutos Asensio tocou na esquerda para Dani Olmo, que soltou uma bomba da entrada da área. Neuer conseguiu desviar e a bola ainda tocou no travessão antes de sair.

A Alemanha respondeu três minutos depois em um ataque rápido em que Goretzka conectou com Gnabry, que chutou, mas Unai Simón defendeu. O assistente, porém, levantou a bandeira sinalizando impedimento.

Aos 14 minutos, Gavi recebeu de Ferrán Torres e arriscou um chute, sem grande perigo.

Seis minutos depois foi a vez de Jordi Alba abrir espaço pela esquerda e soltar uma bomba de longe. A bola passou raspando a trave de direita de Neuer, que estava seguro no lance.

O jogo era “lá e cá”, com a Espanha registrando mais posse de bola e chegando mais perto do gol.

A Alemanha respondeu com Gnabry, que dominou pela direita, ajeitou e chutou, sem assustar tanto (24).

Em outro lance, na intermediária, o zagueiro Thilo Kehrer recebeu um cartão amarelo por dar uma entrada dura em Ferrán Torres.

Aos 39 minutos, Kimmich cobrou uma falta para a grande área e Rüdiger subiu superando os defensores espanhóis e desviando de cabeça para as redes de Unai Simón.

Ele, no entanto, estava adiantado e o gol foi anulado pelo sistema de impedimento semiautomático, novidade nesta Copa.

Cinco minutos depois, foi a vez de Kimmich cobrar uma falta pela direita para mais uma tentativa de Rüdiger. Unai Simón não conseguiu controlar de primeira. mas Asensio devolveu de cabeça para o goleiro.

Morata abre o placar

Buscando mais poder ofensivo, o técnico espanhol Luis Enrique levou a campo o atacante Alvaro Morata no lugar de Ferrán Torres (53).

Dois minutos depois houve um vacilo da defesa espanhola durante a saída de bola.

Gündogan tocou para Kimmich, que chutou, mas Unai Simón mostrou que está com os reflexos em dia e salvou sua pátria, fazendo uma grande defesa (56).

Três minutos depois, Olmo recebeu de Alba e chutou de longe, mas Neuer encaixou tranquilo (59).

O gol veio quase em seguida, em uma jogada coletiva que começou nos pés do experiente Busquets. Ele lançou para Olmo e o atacante conectou com Jordi Alba, que cruzou rasteiro para a grande área, onde Alvaro Morata desviou de primeira, deslocando o goleiro Neuer e levando sua torcida ao delírio. 1 a 0 Espanha. Foi o segundo gol de Morata na Copa.

A Roja não quis saber de se fechar em seu campo, mesmo após abrir o placar. Apenas dois minutos depois, Dani Olmo avançou pela esquerda e cruzou rasteiro buscando Gavi, que preferiu deixar para Asensio, livre na área. Para a decepção dos espanhóis, o atacante concluiu alto demais, de primeira.

Füllkrug entra e empata

Precisando desesperadamente empatar o jogo, Hansi Flick fez três substituições. Tirou Gündoğan, Müller e Thilo Kehrer (pendurado com cartão amarelo) para dar lugar a Leroy Sané, Niclas Füllkrug e Lukas Klostermann.

A Alemanha ficou mais solta e ofensiva.

No minuto 71, Musiala fez uma bela jogada individual pela direita e cruzou rasteiro. Füllkrug fez o desvio, mas a bola foi pela linha de fundo.

Dois minutos depois, o mesmo Musiala recebeu de Sané e disparou, para a defesa de Simón.

A pressão alemã acabou rendendo frutos quando Fuellkrug aproveitou um erro da defesa espanhola para chutar à queima-roupa, anotando o 1 a 1 (83).

Nos acréscimos, Sané interceptou a saída de bola de Simón, mas não conseguiu chutar e seu cruzamento foi afastado por Rodri, evitando o que poderia ter sido o segundo gol alemão (90+6).

Os espanhóis precisam apenas de um empate contra o Japão na última rodada para avançar. Já aos alemães só a vitória contra a Costa Rica interessa – ainda assim, pode não ser suficiente, já que a seleção tetracampeã mundial tem um saldo inferior ao de Espanha e Japão.

A Alemanha enfrenta a Costa Rica na quinta-feira às 22h locais (16h de Brasília) de novo no Estádio Al Bayt. Já os espanhóis jogam no mesmo dia e no mesmo horário no Estádio Khalifa.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.

Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo