Educação
Servidores da educação veem avanço nas negociações, mas não definem fim da greve
O Ministério da Educação realizou nova reunião com a categoria para debater questões não remuneratórias


O Ministério da Educação realizou uma reunião nesta sexta-feira 14 para debater questões não remuneratórias com os docentes das universidades federais, que seguem em greve.
Durante a agenda, a pasta, chefiada por Camilo Santana (PT), propôs revogar a Portaria 983, que amplia a carga horária dos docentes. Também prometeu a criação de um grupo de trabalho, com prazo de 60 dias a partir da assinatura de um acordo com o governo, a fim de elaborar uma nova regulamentação para a categoria.
O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) considerou ter havido um avanço nas negociações, mas ainda não deliberou pelo fim da greve, que prosseguirá até os associados decidirem se aceitam ou não a proposta. As decisões podem ser tomadas em até duas semanas, segundo o sindicato.
Do ponto de vista orçamentário, o governo mantém encerradas as negociações. Em 27 de maio, o Ministério da Gestão e da Inovação chegou a um acordo com a Proifes-Federação, posteriormente suspenso pela Justiça Federal.
O juiz Edmilson da Silva Pimenta, da 3ª Vara Federal de Sergipe, atendeu a uma ação protocolada pela Associação dos Docentes da Universidade Federal de Sergipe, uma seção sindical do Andes, sob o argumento de que a Federação não teria legitimidade para representar a categoria, por falta de registro legal como sindicato.
A Proifes tenta reverter a decisão na Justiça e protocolou um agravo de instrumento no Tribunal Regional Federal da 5ª Região.
Os servidores federais têm entre suas principais críticas a ausência de reajuste para este ano.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

PSOL denuncia aliado de Nunes por suposta campanha eleitoral antecipada em creches
Por CartaCapital
Governo de Ratinho Junior tenta enquadrar manifestantes em crime de abolição do Estado
Por CartaCapital
Unicamp homenageia Maria da Conceição Tavares e deposita cinzas no Instituto de Economia
Por CartaCapital