O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) anunciou na quinta-feira 23, em Plenário, que encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à Procuradoria-Geral da República (PGR) um pedido de impeachment do ministro da Educação, Abraham Weintraub.
A decisão tem a ver com a atitude do ministro de expor o número pessoal da deputada Tábata Amaral (PDT-SP) e de sua equipe durante reunião na Comissão da Educação. Weintraub entregou prints de conversas pelo WhatsApp da deputada, tentando provar que sua equipe já a tinha convidado várias vezes para ir ao MEC, sem sucesso. A questão é que o último convite data do dia 1º de abril e Weintraub assumiu o cargo apenas dia 9, ou seja, todas as tentativas foram feitas pela equipe do ex-ministro Ricardo Vélez Rodríguez. A parlamentar afirmou que irá processá-lo por danos morais.
Randolfe criticou a postura do ministro e afirmou que se trata de crime de quebra de decoro, previsto pela Lei 1.050, de 1952. Segundo o senador, a proposta foi encaminhada a dois órgãos porque há o entendimento de que pedidos dessa natureza devem ser feitos diretamente ao Supremo e somente a Procuradoria-Geral da República pode representar ao STF.
O senador também criticou a postura de Weintraub diante dos líderes estudantis da UBES e UNES, que foram agredidos e impedidos de se pronunciar na Câmara dos Deputados.
“Ora, na história do Brasil está Anísio Teixeira. Na história do Brasil está Darcy Ribeiro. Na história do Brasil está Paulo Freire. Reconhecidos pelo mundo. Cátedras mundiais os reconhecem como professores honoris causa, principalmente Darcy e Paulo Freire. Na história do Brasil está a União Nacional dos Estudantes, o seu legado, a luta contra a ditadura, que a UNE e a UBES tiveram. Na história do Brasil estão dirigentes da UNE e da UBES que entregaram o seu sangue para que a gente estivesse aqui no Parlamento hoje defendendo a liberdade, defendendo a justiça, defendendo a educação”, afirmou o senador.
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