Educação

Os desafios do MEC na gestão Lula, segundo o grupo de transição

O coordenador do grupo, Henrique Paim, entende como pontos sensíveis do relatório a questão orçamentária da pasta e sua própria estrutura organizacional

Créditos: Flickr
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Um dia após encerrados os trabalhos dos grupos de transição do governo Lula (PT), o coordenador do grupo de educação, Henrique Paim, ex-ministro da área no governo Dilma Rousseff, entende como pontos sensíveis do relatório a questão orçamentária do MEC, e também a sua própria estrutura organizacional.

“Com a PEC da Transição sendo aprovada, conseguiremos resolver os maiores gargalos”, apontou. “Especialmente aqueles associados à recomposição orçamentária das instituições de ensino superior, as universidades e institutos federais, os recursos da Capes, bem como de outros programas prioritários, como o de alimentação escolar e o Programa Nacional do Livro Didático.”

Para Paim, no entanto, os desafios do Ministério da Educação não são apenas externos, mas também internos, uma vez que a estrutura organizacional da pasta deve se ater às novas prioridades elencadas pelo governo petista.

“Até então, tínhamos uma estrutura muito associada ao que o governo anterior tinha como prioridade [na educação, o governo Bolsonaro elencou como prioridade pautas como homeschooling e ampliação das escolas militarizadas]”, observa.

“Sabemos que a prioridade é a recomposição da aprendizagem, a alfabetização das crianças, todos os impactos que tivemos associados à pandemia, temas relevantes da Educação Infantil, do Ensino Médio, da educação profissional; do Ensino Superior e Pós-Graduação; a questão das desigualdades educacionais que precisam ser tratadas de maneiras muito específicas visando a equidade. Nesse primeiro momento, a gestão tem que se debruçar sobre esses temas”, defende Paim, que acrescenta: “e a estrutura [do MEC] tem que refletir tudo isso”.

O ex-ministro entende que o relatório entregue pelo grupo é um bom instrumento para balizar o trabalho do novo ministro da Educação, ainda não anunciado por Lula. Entre os nomes mais cotados estão o da governadora do Ceará Izolda Cela (sem partid0), do deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), além do ex-governador do Ceará e senador eleito, Camilo Santana (PT), e do superintendente do Instituto Unibanco, Ricardo Henriques.

“São nomes que têm uma trajetória educacional muito respeitável. Acho que o presidente Lula tem uma preocupação muito grande com a questão educacional, e o escolhido certamente vai ajudar a educação do Brasil.”

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