Governo de SP considera reprovar estudantes durante pandemia

Secretário de educação, Rossieli Soares, ainda afirmou que a rede trabalhará com os anos letivos de 2020 e 2021 como ciclos únicos

Créditos: EBC

Apoie Siga-nos no

O secretário estadual de Educação de São Paulo, Rossieli Soares, afirmou que a rede estadual deve trabalhar os anos de 2020 e 2021 como um ciclo único. A proposta será aplicada para os alunos que forem aprovados este ano.

 

 

“Vamos trabalhar o ano de 2020 e 2021 como um ciclo, como se fosse um ano só, especialmente para esses alunos que já entregaram as atividades e estão entregando”, afirmou Soares em entrevista à GloboNews.

“Ao invés de fazer a média com quatro bimestres de 2020, faremos a média bimestral de oito bimestres contando 2020 e 2021. Então, o aluno que está no quarto ano, se ele entregou o mínimo de atividades, ele progride para o quinto ano, e a média dele para aprovação lá no quinto ano será considerada, por exemplo, aquilo que ele fez em 2020 e 2021″, acrescentou o secretário.


Rossieli também disse que, nos próximos dias, o governo deve definir, juntamente com o Conselho Estadual de Educação, como será feita a aprovação escolar dos alunos da rede.

Em julho, o Conselho Nacional de Educação (CNE) recomendou que redes escolares evitem reprovar os estudantes neste ano. Apesar da sugestão, cabe às redes estadual, municipal e privada decidirem como será feita a aprovação.

Rossieli afirmou que será feita uma cobrança aos alunos de um mínimo a ser entregue, proporcional à presença. Daqui a uma semana a gente já vai ter promulgado pelo nosso conselho, e homologado por mim, regras específicas sobre que tipo de retenção”, afirmou.

“Obviamente nós não defendemos a reprovação pela reprovação, esse é um ano muito atípico, especialmente para os alunos que têm menos condições, que não conseguiram acompanhar as aulas online. Por isso que nós vamos fazer um grande processo de busca ativa para aqueles que porventura não tenham conseguido entregar as atividades. Para esses, vamos dar a oportunidade ao máximo de tempo possível”, acrescentou.

 

Volta às aulas

O estado de São Paulo manteve a data de 7 de outubro como data de retorno das aulas presenciais para toda a rede de ensino, da Educação Infantil ao Ensino Superior, nas redes públicas e privadas, desde que os prefeitos liberem o retorno das atividades.

A gestão João Doria (PSDB) decidiu que apenas alunos do Ensino Médio e de Educação de Jovens e Adultos (EJA) devem voltar na data. A volta dos estudantes do Ensino Fundamental da rede estadual só deve acontecer em 3 de novembro.

Na capital, o prefeito Bruno Covas (PSDB) determinou que a partir desta quarta-feira 7 as escolas da rede pública e privada da cidade poderão abrir para atividades extracurriculares.

 

Leia também

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.