Educação
Em carta, entidades da Educação rechaçam ideia de ‘divisão’ do MEC
O grupo também endossa os nomes dos deputados federais Reginaldo Lopes e Rosa Neide ao cargo de ministro da pasta. O presidente Lula, no entanto, fez convite ao ex-governador e senador eleito Camilo Santana
Um grupo de entidades ligadas à educação assinam uma carta se manifestando contra uma possível divisão do Ministério da Educação durante o governo Lula (PT).
A jornalista Monica Bergamo, da Folha de S. Paulo, chegou a noticiar na quarta-feira 14 que o petista teria dito a interlocutores que estudava a possibilidade de dividir a pasta – um ministério dedicado a Educação Básica e outro ao Ensino Superior – para melhor acomodar as forças políticas que têm interesse no ministério – um dos que recebem o maior orçamento do País. Lula, no entanto, não confirmou a informação.
O grupo destaca que o MEC é fundamental para manter uma perspectiva sistêmica sobre a educação e acrescentam que ‘qualquer discussão sobre divisão do MEC é desarrazoada’, estabelecendo ‘uma cisão na organização da educação brasileira’ e contribuindo ‘para minar capacidades institucionais de coordenação nacional’.
Os postulantes também destacam o que é esperado do perfil do novo ministro da Educação, que ainda não teve o nome definido pelo governo petista. Nesta quinta-feira, o ex-governador e senador eleito Camilo Santana (PT-CE) foi convidado por Lula para assumir o cargo e a resposta deve acontecer nos próximos dias. Há expectativas de que a atual governadora do estado, Izolda Cela, seja alocada como secretária nacional de Educação Básica.
“Compreendemos que entre as exigências para o próximo ministro do MEC deve estar, além da experiência e capacidade de liderança e diálogo junto a amplos setores sociais, a clara vinculação com a área de educação e uma necessária identidade, partidária, com o projeto vencedor do Presidente Lula”, reivindicam as entidades ao defenderem, adiante, os nomes dos deputados federais Reginaldo Lopes (PT) e Rosa Neide (PT) para liderar a pasta.
A carta é assinada por mais de 30 entidades, entre elas a Campanha Nacional pelo Direito à Educação, os movimentos estudantis UNE e UBES, a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e a Associação Nacional de Pós Graduação e Pesquisa em Educação (Anped).
Um minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.