Associação de Docentes da USP aprova paralisação em apoio à greve dos estudantes

Atividades serão suspensas até a próxima segunda-feira, quando haverá uma assembleia para definir se a categoria entrará em greve

Estudantes da USP em ato pela contratação de professores no Largo da Batata, 26/09/23. Foto: Sebastião Moura

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A Associação de Docentes da USP aprovou em assembleia nesta terça-feira 26 uma paralisação das atividades dos professores até a segunda-feira 2, quando haverá uma nova votação para definir se a categoria entrará em greve.

A Adusp é composta por cerca de 2,6 mil profissionais, incluindo professores efetivos e aposentados. A universidade conta com 5.014 professores (122 deles são temporários).

Em carta pública divulgada após a assembleia, a associação reivindicou a realização emergencial de concursos públicos para contratação de um número de professores suficiente retomada das disciplinas canceladas por falta de docentes e para suprir as vagas geradas por exonerações, aposentadorias e mortes de professores.

O documento também propõe a suspensão de processos que forcem os institutos a competirem entre si por docentes, a efetivação das cotas para professores pretos, pardos e indígenas e a realização de estudos para diagnosticar com precisão as necessidades dos institutos.

O Sindicato dos Trabalhadores da USP, por sua vez, realizará uma assembleia nesta quarta 27 a fim de deliberar sobre uma possível greve por tempo indeterminado. A principal reivindicação da categoria é a modificação do acordo coletivo entre os trabalhadores e a reitoria, para garantir o abono das horas de ponte de feriado e de recesso de fim de ano.

A entidade, que já havia promovido uma paralisação em apoio à greve estudantil em 21 de setembro, também debaterá na assembleia a possibilidade de aderir à paralisação dos funcionários do Metrô, da Sabesp e da CPTM.


Desde a última quinta-feira 21, estudantes de diversos institutos da USP interromperam as atividades de seus cursos e realizam uma série de manifestações, incluindo um ato que percorreu o trajeto entre o campus Butantã e o Largo da Batata, na tarde desta terça.

O movimento cobra um plano concreto da reitoria para a contratação de professores efetivos, em resposta ao cancelamento de disciplinas e à ameaça ao futuro de cursos. Entenda aqui os principais problemas e as reivindicações.

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