Educação

Após autorização judicial, PM entra no campus da Uerj para retirar manifestantes

Edifícios da universidade estão ocupados há quase dois meses em protesto contra mudanças nas regras para bolsas e auxílios

Após autorização judicial, PM entra no campus da Uerj para retirar manifestantes
Após autorização judicial, PM entra no campus da Uerj para retirar manifestantes
Estudantes acampados no campus Maracanã da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) fazem manifestação em frente a instituição, na zona norte da capital fluminense - Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
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Agentes da Polícia Militar entraram no início da tarde desta sexta-feira 20 no campus da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, no bairro do Maracanã, zona norte da capital fluminense, para retirar manifestantes que há 56 dias ocupam o Pavilhão João Lyra Filho, principal prédio da Uerj.

A ação da PM acontece após uma decisão judicial que autorizou o uso da força policial para encerrar a ocupação, que acontece em protesto contra mudanças nas regras para a concessão de bolsas e auxílios de assistência estudantil.

Imagens publicadas nas redes sociais pelos representantes do movimento de ocupação mostram explosões e corre-corre.

Em outra das gravações, um manifestante afirma que policiais atiraram bombas de gás lacrimogêneo em um ambiente fechado.

A decisão foi publicada depois de vencer o tempo de 24 horas para que os estudantes deixassem o local, determinado pela Justiça. O prazo expirou às 13h da quinta-feira 19.

O despacho foi assinado pela juíza Luciana Lopes, da 13ª Vara de Fazenda Pública do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, e ordena o “uso de força policial suficiente e necessária à desocupação completa dos prédios da Uerj”.

Além disso, o Judiciário estipulou multa no valor de 10 mil reais por dia aos réus apontados na ação de reintegração de posse da reitoria – quatro estudantes e um servidor da universidade. Para garantir o pagamento, a juíza determinou o bloqueio das contas bancárias dos envolvidos.

“A reitoria apela aos estudantes para que eles saiam por iniciativa própria e pacificamente, cumprindo a decisão judicial, para que não haja nenhum tipo de uso da força policial a partir dessa decisão”, escreveu em nota o gabinete da reitora Gulnar Azevedo e Silva.

Na quinta-feira, após o prazo para saída dos estudantes, a reitoria tentou tirar os manifestantes do local. Houve confronto e a universidade recuou, recorrendo à Justiça.

(Com informações da Agência Brasil)

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