Editorial

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Putin, o tártaro

Só a China poderia segurá-lo

A debilidade do Ocidente facilita a vida dele - Imagem: Natalia Kolesnikova/AFP
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Muitos analistas europeus sustentavam até dias atrás que Putin só se deteria na guerra feroz obstada apenas pela Ucrânia. Logo ficou evidente que Putin não vai ceder, mesmo porque não há quem tenha condições de batê-lo, e ele sabe disso perfeitamente. Nessas circunstâncias, a guerra continua não se sabe até quando, fica claro de todo modo que Putin se dá conta das fraquezas de quem haveria de enfrentá-lo. E a guerra tem o poder de revelar a debilidade do Ocidente, em primeiro lugar a inutilidade da ONU. No entanto, ecoando crenças de outros tempos, a Europa está longe de reeditar a Entente Cordiale entre Alemanha e França, cujos líderes atuais em nada recordam aqueles do passado.

Tanto um quanto o outro são débeis, definitivamente incapazes de produzir algum gênero de resistência eficaz. Putin, consciente desta situação, vai em frente e não há quem possa detê-lo. Com a exclusão de uma potência que realmente dispõe das condições de intervir: a China. A antiga URSS era incômoda para a China surgida da Longa Marcha de Mao ­Tsé-tung. Tempos idos, de fato, embora uma Rússia revitalizada nas mãos de Putin pode acabar como um novo estorvo. É claro que a única intervenção bem-sucedida para impedir o prosseguimento do conflito está nas mãos de Pequim.

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