O Brasil, mais uma vez, fornece provas da sua capacidade em inovar ou mesmo criar na ausência de modelos internacionais. Refiro-me ao Supremo Tribunal Federal, o único no mundo a se exibir diariamente na televisão. Ninguém conhece o rosto dos juízes supremos dos mais importantes países do globo. Nós aqui temos, por exemplo, a oportunidade invulgar de perceber a alegria de um pele-vermelha americano que tivesse a ventura de tropeçar no escalpo glorioso do atual presidente do STF, Luiz Fux.
Já poderia causar sobressaltos íntimos o fato de que este mesmo Supremo, que digeriu com extrema tranquilidade os golpes praticados pela Lava Jato e pelo Congresso, continue a postos com a pompa habitual construída por discursos empolados e amplas togas. Continua a postos, contudo, como se os crimes cometidos no passado tivessem sido esquecidos ou perdoados. É a enésima peculiaridade do Brasil brasileiro. Como se não bastasse tudo mais que vem de cambulhada, a começar pela presença de um demente de hospício na Presidência da República.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login