Editorial
O intruso
O chamado Homo sapiens, no Brasil e no mundo, exibiu sua falta de sabedoria
Como cidadãos do Brasil e do mundo, não colhemos neste momento motivos de satisfação ou mesmo de alegria. Valores cultivados em outros tempos, morais e éticos, foram aposentados. Se nos referimos ao mundo, somos forçados a reconhecer o reinado da lei da selva. O mais forte manda e o resto se conforma. Falando desta nossa terra abençoada por Deus e bonita por natureza, vale perguntar aos nossos perplexos botões se este país é governável, à sombra do eterno recurso da conciliação, na prática de uma política à moda antiga do toma lá dá cá. É dando que se recebe, dizia um vetusto líder do Centrão, realidade perene da nossa inesgotável medievalidade.
Vivemos de fato a desigualdade de sempre, a presença de casa-grande e senzala, sem que nada se pratique para corrigir a disparidade monstruosa. Pelo contrário, excogitam-se remédios para dilatar o malfeito. Neste exato instante, o presidente Lula procura abrigar no governo o Progressistas (PP), partido do presidente da Câmara, Arthur Lira, e o Republicanos, ligado à Igreja Universal do Reino de Deus. Estes dois partidos integraram formalmente a base de apoio de Jair Bolsonaro. Acordos foram selados para que representantes de ambas as agremiações passem a figurar no atual governo. Permito-me lembrar que um dos próximos ministros se chama André Fufuca.
Um minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
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